Desvendando os desafios da educação infantil: entenda os transtornos de aprendizagem

Aprenda como identificar e lidar com transtornos de aprendizagem na educação infantil e transforme desafios em oportunidades para seus alunos!

Toda sala de aula tem aquela criança que não consegue acompanhar a turma na leitura ou que sempre se distrai durante as explicações. Estes comportamentos podem indicar algum transtorno de aprendizagem.

Tais dificuldades afetam milhões de crianças na educação infantil brasileira. Por isso, é tão importante entender os principais sinais, estratégias e como transformar desafios em oportunidades de aprendizado.

Quando a criança não consegue aprender: sinais que merecem atenção

Distinguir entre uma dificuldade temporária e um possível transtorno de aprendizagem é uma das habilidades mais importantes que você pode desenvolver ao trabalhar na educação infantil. Essa capacidade fará toda diferença no futuro acadêmico dos seus alunos.

Comportamentos típicos versus sinais de alerta

Nem todo impasse em sala de aula indica um problema. Crianças naturalmente apresentam ritmos diferentes de desenvolvimento. Algumas aprendem a ler aos 4 anos, outras aos 6, e isso é completamente normal.

 

Os sinais de alerta aparecem quando as dificuldades persistem mesmo após tentativas variadas de ensino. Você percebe que aquela criança continua enfrentando os mesmos obstáculos, independentemente da estratégia utilizada.

O que observar no dia a dia

Crises acadêmicas consistentes:

  • Problemas para reconhecer letras após meses de ensino;
  • Confusão frequente entre números similares (6 e 9, por exemplo);
  • Complicações extrema para seguir instruções de múltiplas etapas;
  • Problemas constantes com coordenação motora fina.

Comportamentos emocionais e sociais:

  • Frustração excessiva durante atividades simples;
  • Evitação sistemática de tarefas específicas;
  • Baixa autoestima relacionada ao desempenho escolar;
  • Isolamento social durante brincadeiras que envolvem habilidades específicas.

Reconhecer esses padrões na educação infantil exige conhecimento atualizado e sensibilidade pedagógica. Muitos educadores que buscam especialização descobrem que o impacto de uma pós-graduação na progressão da carreira também ampliam suas capacidades de identificar as necessidades específicas dos alunos.

O mapa dos transtornos de aprendizagem na educação infantil

Cada transtorno tem suas particularidades e se manifesta de forma única em sala de aula. Conhecer essas características permite que você identifique padrões específicos e compreenda melhor o comportamento dos seus alunos.

Dislexia

A dislexia afeta principalmente a leitura e escrita. Crianças com essa condição podem trocar letras de posição, confundir b com d, ou ter contrariedades extremas para decodificar palavras simples.

Na prática da educação infantil, você nota que o aluno reconhece a letra isoladamente, mas não consegue formar palavras. A leitura é lenta, silabada, e muitas vezes o aluno “adivinha” as palavras pelo contexto ao invés de realmente lê-las.

Discalculia

Como o nome pode sugerir, esse aperto está relacionado aos conceitos matemáticos básicos. A criança pode não compreender quantidades, ter problemas com sequências numéricas ou não conseguir realizar operações simples mesmo com material concreto.

Em sala de aula, você percebe que contar até 10 continua sendo um desafio após meses de trabalho. A noção de “mais” e “menos” não faz sentido, e atividades que envolvem comparar quantidades geram muita confusão.

Disgrafia

Assim como a discalculia está para a matemática, a disgrafia diz respeito às dificuldades de escrever de forma legível e organizada. Este é um problema neurológico que afeta a coordenação motora fina e o planejamento dos movimentos.

Você observa que a criança segura o lápis de forma inadequada, pressiona demais o papel, ou não consegue manter o tamanho das letras uniforme. A escrita é lenta, cansativa, e muitas vezes incompreensível.

TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade se apresenta de três formas na educação infantil: 

  1. Predominantemente desatento;
  2. Hiperativo-impulsivo;
  3. Combinado.

A criança desatenta “voa” durante as explicações, esquece materiais, perde o foco em atividades prazerosas. Já a hiperativa não consegue ficar quieta, interrompe constantemente, e age sem pensar nas consequências.

TEA

O Transtorno do Espectro Autista cria uma forma particular de processar informações e interagir socialmente. Cada criança no espectro é única, mas algumas características são comuns:

  • Resistência a mudanças na rotina;
  • Dificuldade para fazer contato visual;
  • Interesses intensos por temas específicos. 

A comunicação pode ser literal demais, e brincadeiras simbólicas costumam ser desafiadoras.

Dislalia

Alunos que sempre falam “calo” ao invés de “carro” ou “tesoula” no lugar de “tesoura”, mesmo quando você trabalha a pronúncia repetidas vezes, certas palavras continuam saindo distorcidas.

Este é um sinal clássico da Dislalia. Isso acontece porque coordenar os músculos da boca para produzir sons específicos é mais complexo do que parece. A criança sabe exatamente o que quer dizer, mas sua articulação não consegue executar os movimentos necessários.

Transtorno do processamento auditivo

Aqui a audição funciona perfeitamente, mas o cérebro tem apertos para processar as informações sonoras. O aluno “ouve” mas não “compreende” adequadamente.

Você nota que ele  pede para repetir constantemente, mesmo em ambientes silenciosos. Instruções complexas precisam ser simplificadas, e sons de fundo a distraem facilmente durante as atividades.

Dispraxia: quando o corpo não obedece

A dispraxia compromete o planejamento e execução de movimentos. Ela representa uma dificuldade para “programar” os movimentos necessários para completar uma tarefa.

Na prática, você observa que a criança tem adversidades para amarrar sapatos, usar tesoura, ou realizar movimentos que exigem sequência. Atividades físicas podem ser frustrantes, pois ela sabe o que quer fazer, mas o corpo não coopera.

Compreender essas nuances faz toda diferença na educação infantil. Profissionais que investem em cursos de pós-graduação costumam ter mais ferramentas para reconhecer e trabalhar com essas especificidades, criando ambientes mais inclusivos e acolhedores para todos os alunos.

O drama da sala de aula: quando professores não sabem como ajudar

Você identifica que uma criança tem algum desses transtornos, mas e agora? A sensação de impotência bate forte quando você quer ajudar, mas não sabe por onde começar. Essa realidade é mais comum do que imagina.

A formação que não prepara para a realidade

A maioria dos cursos de pedagogia aborda os transtornos de aprendizagem de forma superficial. Você sai da graduação com conhecimento teórico, mas sem ferramentas práticas para lidar com uma criança que não consegue acompanhar a turma.

Quando chega na escola, se depara com situações que nunca foram discutidas em sala de aula. 

Construindo redes de apoio

Trabalhar com transtornos de aprendizagem não precisa ser uma jornada solitária. Construir uma rede de apoio dentro da escola e buscar parceiros externos pode multiplicar suas possibilidades de sucesso.

Envolver as famílias no processo educacional cria consistência entre casa e escola. Quando pais compreendem as estratégias utilizadas em sala de aula, podem reforçar os aprendizados em casa, acelerando o progresso da criança.

A colaboração com outros profissionais – psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos – enriquece sua prática pedagógica. Mesmo que a escola não tenha esses profissionais, estabelecer contatos e buscar orientações pontuais pode fazer grande diferença.

Grupos de estudo entre professores, participação em comunidades on-line e busca por mentoria são estratégias que transformam desafios individuais em aprendizado coletivo. O conhecimento compartilhado beneficia todos os alunos.

Construindo pontes para o futuro: como transformar desafios em oportunidades

Em um ambiente escolar que compreende as diferenças, os desafios enfrentados por crianças com transtornos de aprendizagem podem ser modificados em grandes oportunidades. Com o suporte adequado, esses alunos conseguem superar as dificuldades e até se destacar em áreas como criatividade e habilidades sociais.

Crianças com dislexia, TDAH, TEA e outros transtornos têm talentos únicos que, quando trabalhados de maneira apropriada, podem florescer. 

O apoio adequado transforma a experiência educacional em uma jornada de descobertas e realizações. É através da paciência, adaptação e compreensão das necessidades individuais que se constrói um futuro de sucesso para essas crianças.

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